O consórcio resiste: imóvel em um lance

18 de abril de 2019
Ilustração de uma casa com moeda simulando um consórcio para a pauta "O consórcio resiste: imóvel em um lance" para o blog da Estasa.

Ideal para quem deseja fazer uma compra bem planejada, o sistema deve ter crescimento de 15% este ano.

Muitos acreditam que o consórcio para a a compra de imóveis anda em desuso, mas a modalidade está em pleno vapor. De acordo com a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), há mais de R$ 96 bilhões prontos para serem usados na compra por cotistas que ainda não escolheram seus imóveis. E, atualmente, há 887.500 participantes ativos.

Segundo Marlon Rosalvos, gerente de Seguros da Cipa, o sistema é ideal para quem tem dificuldade para manter o foco e a disciplina financeira na realização do sonho da casa própria. E, ao mesmo tempo, dispõe de tempo para fazer uma compra planejada.

Seguindo a tendência de mercado, acreditamos que a volta do consumo impulsione os setores da indústria e do comércio, representando um crescimento de 15% no consórcio de imóveis em 2019 – afirma ele.

Para quem ainda não conhece este modelo de compra, o presidente da Abac, Paulo Roberto Rossi, explica que a modalidade é baseada na união de pessoas em grupos para fazer uma poupança para a aquisição de bens móveis, imóveis ou serviços. Não há juros, entrada ou parcelas intermediárias.

Sorteio ou lance

A formação desses grupos é feita por uma administradora de consórcios, autorizada e fiscalizada pelo Banco Central (BC). Nesse sistema, o valor do bem ou serviço é diluído em um prazo pré-determinado e todos os integrantes do grupo contribuem ao longo desse período. Mensalmente (ou conforme estipulado em contrato), a administradora os contempla, por sorteio ou lance com o crédito no valor do bem ou do serviço contratado, até que todos sejam atendidos.

Leonel Daher, diretor da Leonel Consórcios, lembra que o consórcio é uma compra programada e indicada para o cliente que não tem pressa de adquirir o bem.

E para quem tem pressa, é possível comprar a carta já contemplada. É um sistema que está em alta, pois além de não cobrar juros, tem prazo de pagamento de até 200 meses, e o FGTS (Fundo de Garantia de Tempo de Serviço) também pode ser usado. Neste último caso, o recurso serve para dar lance, ou seja, para ter o bem mais rápido e para complementar o valor do bem, diminuindo então o valor da parcela.

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Vale lembrar que o FGTS pode ser usado da mesma forma que em um financiamento imobiliário, desde que seguindo as exigências do Conselho Curador do FGTS para liberação do recurso. Entre elas estão não ter imóvel próprio e ter pelo menos três anos, consecutivos ou não, de conta vinculada. Para se ter uma ideia, o dinheiro do fundo foi usado por 310 trabalhadores consorciados em janeiro, somando um pouco mais de R$ 14 milhões, de acordo com a Abac.

Outras dúvidas muito comuns são quanto ao número de cotas e se é possível ter várias que, somadas, darão o valor do imóvel desejado. O presidente da Abac explica que não há limite.

O que deve existir é o planejamento financeiro que permite cumprir os compromissos assumidos – ressalta Daher.

Cuidados

Como em toda negociação, alguns cuidados são importantes. O advogado Leandro Sender re comenda verificar se o consórcio está autorizado pelo BC, e também investigar no site da Associação Brasileira de Consórcios.

Além disso, é importante ler atentamente o contrato para verificar valores, penalidades e taxas que serão cobradas, e comparar os benefícios oferecidos pela administradora – complementa Sender.

Esta avaliação, diz Ulysses Aguiar, sócio-diretor da Estasa Corretora de Seguros, significa, antes de contratar, comparar as taxas de administração entre as empresas.

Essa análise deve levar em conta, por exemplo, ter uma das menores taxas e uma das menores inadimplência do mercado, o que favorece o grupo devido à saúde financeira, e também considerar onde há maior índice de contemplados mensalmente – explica.

Rosalves, da Cipa, lembra que investir na modalidade não combina com alguns tipos de perfis:

A aquisição de um bem por meio de consórcio poderia ser considerado “desvantagem” para pessoas extremamente disciplinados financeiro e com resultados satisfatórios na administração de seus recursos por meio de investimentos variados.

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